A internet evolui constantemente, trazendo novas tecnologias e métodos para melhorar a experiência do usuário. Uma dessas inovações foi o AMP, ou Accelerated Mobile Pages. Neste artigo, exploraremos em detalhe o que é o AMP, por que foi inventado e como a sua trajetória o levou a quase desaparecer. Vamos abordar desde os seus princípios e funcionalidades até as críticas e a eventual diminuição da sua popularidade.

O que é o AMP?

O AMP, sigla para Accelerated Mobile Pages, é uma iniciativa de código aberto criada pelo Google com o objetivo de otimizar a velocidade de carregamento de páginas web em dispositivos móveis. Esta tecnologia foi lançada em outubro de 2015 e visava proporcionar uma experiência de navegação mais rápida e eficiente, especialmente em dispositivos móveis onde as limitações de largura de banda e processamento são mais evidentes.

Por que foi inventado o AMP?

Não podemos esquecer o contexto. As conexões à Internet 5G transmitem agora dados a velocidades incríveis. Quando a AMP foi inventada, as conexões à Internet eram lentas e o objetivo era melhorar as velocidades de carregamento, especialmente quando se utilizavam telemóveis.

Para além disso, O Google, ao inventar o AMP (Accelerated Mobile Pages), tinha várias intenções e objetivos principais, que podem ser resumidos nos seguintes pontos:

1. Melhorar a experiência do usuário em dispositivos móveis

A navegação na web em dispositivos móveis pode ser frustrante devido a tempos de carregamento lentos e interfaces não otimizadas. O AMP foi criado para proporcionar uma experiência de navegação mais rápida e fluida em dispositivos móveis, garantindo que os usuários pudessem acessar o conteúdo rapidamente e sem problemas.

2. Manter osusuários no ecossistema do google

Ao incentivar os editores e desenvolvedores a adotarem o AMP, o Google pretendia manter os usuários dentro do seu ecossistema. Páginas AMP carregadas diretamente dos servidores do Google ofereciam uma experiência mais rápida, o que poderia levar os usuários a preferirem o Google como seu motor de busca principal, aumentando o tempo de permanência nos serviços do Google.

3. Aprimorar o SEO e os resultados de busca

O Google também visava melhorar a qualidade dos resultados de busca em dispositivos móveis. Páginas AMP, devido à sua velocidade de carregamento, tinham uma chance maior de serem bem classificadas nos resultados de busca, especialmente em dispositivos móveis. Isso incentivou os desenvolvedores a adotarem o AMP para melhorar a visibilidade e o tráfego orgânico dos seus sites.

4. Promover práticas de desenvolvimento melhores webs

Com o AMP, o Google queria promover melhores práticas de desenvolvimento web, incentivando os desenvolvedores a criarem páginas mais rápidas e eficientes. O uso de uma versão simplificada de HTML e a restrição ao uso de JavaScript e CSS personalizados ajudaram a estabelecer padrões que melhoravam o desempenho geral da web.

5. Concorrer com outras plataformas de conteúdo instantâneo

Na época do lançamento do AMP, outras plataformas como o Facebook Instant Articles e o Apple News estavam ganhando popularidade, oferecendo carregamento rápido de conteúdo em dispositivos móveis. O Google, com o AMP, buscava competir com essas plataformas, oferecendo uma alternativa aberta e de código aberto que pudesse ser adotada por qualquer editor ou desenvolvedor.

 

Como funciona o AMP?

O AMP funciona restringindo e simplificando o código HTML, utilizando uma versão limitada de CSS e proibindo o uso de JavaScript personalizado. Em vez disso, os desenvolvedores devem utilizar a biblioteca de componentes AMP, que inclui scripts específicos otimizados para desempenho. Estas restrições permitem que as páginas AMP sejam carregadas quase instantaneamente, melhorando significativamente a experiência do usuário.

Componentes Principais do AMP:

  • HTML AMP: Uma versão simplificada do HTML, com restrições específicas.
  • AMP JS: Uma biblioteca JavaScript que garante o carregamento rápido das páginas.
  • AMP Cache: Uma rede de distribuição de conteúdo que entrega as páginas AMP diretamente dos servidores do Google.

Trajetória do AMP

Desde o seu lançamento, o AMP passou por várias fases de adoção e evolução. Vamos explorar cada uma dessas fases para entender como a sua trajetória o levou a quase desaparecer.

Adoção Inicial (2015-2016)

Após o seu lançamento, o AMP foi rapidamente adotado por grandes editores e plataformas, incluindo The New York Times, The Guardian e Twitter. A promessa de um carregamento rápido e a possibilidade de obter melhores posições nos resultados de busca incentivaram a adoção rápida e ampla.

Expansão e Críticas (2017-2018)

À medida que o AMP se expandia, começaram a surgir críticas. Muitos desenvolvedores e empresas argumentaram que o AMP centralizava demasiado o controlo da web nas mãos do Google. As restrições do AMP também limitavam a criatividade e a funcionalidade das páginas web, o que levou a uma crescente insatisfação entre os criadores de conteúdo.

Questões de Centralização

Uma das principais críticas ao AMP era a percepção de que ele dava ao Google um controlo excessivo sobre a web. Como as páginas AMP eram servidas diretamente dos servidores do Google, havia preocupações sobre a centralização da informação e a possível monopolização da internet por parte de uma única entidade.

Evolução e Ajustes (2019-2020)

Em resposta às críticas, o Google fez ajustes no AMP para torná-lo mais flexível. Foram introduzidas novas funcionalidades que permitiam uma melhor integração de anúncios e outros elementos interativos. No entanto, as críticas continuaram, especialmente no que diz respeito ao controlo centralizado.

Declínio e Alternativas (2021-2023)

Com o tempo, outras tecnologias e métodos para melhorar a velocidade de carregamento em dispositivos móveis começaram a ganhar popularidade. Soluções como PWA (Progressive Web Apps), melhorias em SEO e o uso de frameworks modernos de JavaScript competiam diretamente com o AMP. Além disso, em 2021, o Google anunciou que a velocidade de carregamento seria um fator importante no algoritmo de busca, independentemente de uma página usar ou não AMP, reduzindo assim um dos maiores incentivos para usar AMP.

Embora o AMP ainda seja utilizado em alguns contextos, a sua relevância diminuiu consideravelmente. Muitos sites optaram por outras soluções mais flexíveis que permitem maior personalização e controlo sobre o conteúdo e funcionalidade das páginas web.

 

Mudar o meu sítio Web da versão AMP para a versão sem AMP

Se o seu site for desenvolvido em WordPress, deve ser tão simples como desativar o plugin que gerou a versão AMP, ou a opção de tema que fez o mesmo. Isso não é tão importante como as consequências seo que pode ter.

Quando se decide abandonar o uso de páginas AMP (Accelerated Mobile Pages) em um site, é crucial garantir que o tráfego e o valor SEO acumulado não sejam perdidos. As páginas AMP são projetadas para carregar rapidamente em dispositivos móveis, oferecendo uma melhor experiência ao usuário e, muitas vezes, uma classificação mais elevada nos resultados de busca do Google. No entanto, se por qualquer razão optar por remover ou substituir as páginas AMP, é fundamental redirecionar corretamente essas URLs para evitar perdas de tráfego e potenciais erros 404.

Redirecionar as URLs AMP para suas versões não AMP assegura que os usuários que acessavam as páginas AMP sejam encaminhados automaticamente para o conteúdo correto. Além disso, essa prática preserva a autoridade da página e mantém o desempenho SEO, transferindo o valor acumulado das páginas AMP para as suas contrapartes não AMP.

Como Redirecionar URLs AMP Sem Perder Tráfego SEO e Sem Gerar Erros 404

1. Redireção em Servidores Apache (.htaccess)

A opção mais simples é fazê-lo com .htaccess Se o seu site estiver hospedado em um servidor Apache / Litespeed, você pode adicionar regras de redirecionamento no arquivo .htaccess. Esta abordagem utiliza o módulo de reescrita do Apache para redirecionar URLs de forma eficiente.

RewriteEngine On
RewriteCond %{REQUEST_URI} ^(.*)/amp$ [NC]
RewriteRule ^ %1 [R=301,L]

2. Redireção em Servidores Nginx

Para aqueles que utilizam Nginx, as regras de redirecionamento são configuradas no arquivo de configuração do servidor. A sintaxe é direta e eficaz para redirecionamentos permanentes.

server {
# Outras configurações do servidor

location ~* /amp$ {
rewrite ^(.*)/amp$ $1 permanent;
}
}

Em Portugal, quem usou a AMP?

Para além de milhares de sites criados com o wordpress, diversas webs de alto tráfego em Portugal adotaram AMP em algum momento para melhorar a velocidade de carregamento em dispositivos móveis, mas algumas decidiram descontinuar seu uso devido a críticas e ao surgimento de alternativas mais flexíveis. A seguir, apresentamos alguns exemplos de sites conhecidos que passaram por essa transição:

1. Público

O Público, um dos jornais mais influentes de Portugal, adotou AMP para garantir que suas notícias fossem carregadas rapidamente em dispositivos móveis, oferecendo uma melhor experiência de usuário e melhorando a visibilidade nos resultados de busca. O Público pode ter migrado para outras tecnologias como Progressive Web Apps (PWA) e outras otimizações de SEO, optando por soluções que permitem maior flexibilidade e personalização sem as restrições do AMP.

2. Diário de Notícias

O Diário de Notícias utilizou AMP para assegurar que suas notícias fossem acessadas rapidamente em dispositivos móveis, reduzindo a taxa de rejeição e melhorando a retenção de usuários. Com o avanço das tecnologias web, o Diário de Notícias pode ter descontinuado o uso do AMP, adotando alternativas que oferecem uma melhor integração com suas necessidades específicas de design e funcionalidade.

3. Jornal de Notícias

O Jornal de Notícias, um dos diários com maior circulação em Portugal, também implementou AMP para acelerar o carregamento de suas páginas em dispositivos móveis. Assim como outros meios de comunicação, o Jornal de Notícias pode ter reconsiderado a utilização do AMP, preferindo outras técnicas de otimização que não imponham as mesmas restrições.

4. Observador

O Observador, um jornal digital bastante popular, adotou AMP para garantir que seus artigos fossem carregados de maneira eficiente e rápida em dispositivos móveis, como parte de sua estratégia para proporcionar uma experiência de leitura excelente. Observando as tendências e críticas ao AMP, o Observador pode ter migrado para outras soluções como PWAs, que permitem maior controle e flexibilidade sobre o conteúdo sem as limitações do AMP.

5. Sapo

O Sapo, um dos maiores portais de notícias e entretenimento em Portugal, implementou AMP para diversas seções do seu site, garantindo uma experiência de usuário rápida e eficiente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, o Sapo pode ter optado por outras soluções mais modernas e flexíveis, que permitem uma maior personalização e controle sobre o desempenho e design do site.

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João Gomes

Jornalista. Desde muito jovem, apaixonado pelo mundo do marketing e dos negócios na Internet. Fã de ecommerce e wordpress. Editor do Portugalecommerce.com.

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